Tenho 39 anos e descobri o queratocone aos 16 anos. Fui diagnosticado em ambos os olhos — o direito sempre se manteve estável, mas o esquerdo começou a evoluir.

Durante anos tentei usar lentes rígidas, mas nunca consegui adaptar-me. O desconforto era demasiado, e acabei por desistir depois de várias tentativas. Felizmente, o olho direito compensava e consegui levar uma vida completamente normal: estudar, trabalhar, conduzir… praticamente sem limitações. Mesmo assim, sabia que o olho esquerdo não estava bem. Este ano, o meu médico sugeriu colocar um anel intraestromal. Foi a melhor decisão que podia ter tomado: a visão melhorou muito e, neste momento, estou sem óculos, sem lentes e a ver realmente bem. Depois de tantos anos a lidar com a doença, esta sensação de “ver bem” outra vez é difícil de descrever.

Partilho isto para dar alguma esperança a quem está a passar pelo mesmo. Cada caso é diferente, claro, mas às vezes vale mesmo a pena dar uma oportunidade a novas opções. Há sempre caminhos possíveis — e, às vezes, as coisas melhoram mesmo.


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